Este blog é uma interface de trabalho para os alunos da UFPR e os interessados em geral nos Estudos Teatrais. Aqui você encontra indicações de leituras e indicações de sites que colaboram no ensino e na pesquisa em Estudos Teatrais.
(Interior do Teatro Bouffes du Nord, Paris, FR. Foto: Leigh Hatwell.
II MOSTRA SESC DE ARTES UNIVERSITÁRIAS teatro, dança, música, performance, moda,
cinema e vídeo, artes visuais Inscrições abertas
Acadêmicos de Graduação e Pós-Graduação
de todo o País têm até o dia 24 de setembro para encaminhar sua inscrição
à II Mostra Sesc de Artes Universitárias.
Em sua segunda edição, a Mostra será realizada
no período de 06 a 14 de novembro de 2010, no SESC da Esquina. O evento
terá atividades nas áreas de teatro, dança, música, moda, performance,
cinema e vídeo e artes visuais. Para a edição deste ano, a Mostra contemplará
apresentações, oficinas, palestras, debates e outras atividades formativas. Um espaço dedicado à interlocução entre
estudantes universitários, espectadores, pensadores e consumidores de arte.
Cada apresentação será seguida de debate, estimulando a troca de conhecimento
e experiências. A Mostra vem ao encontro da carência dos
universitários em não dispor de espaço para apresentação de suas ideias,
projetos, produções, exposições, shows, espetáculos.
O evento tem como objetivo criar espaço
para apresentação de cunho experimental e novas linguagens na arte, além
de apoiar, difundir, promover o diálogo e fusão das artes, proporcionar
a troca de experiências, oferecer conhecimento teórico e prático e acima
de tudo destacar e valorizar a produção acadêmica. A Mostra será gratuita
e a programação será preenchida única e exclusivamente por trabalhos acadêmicos.
Os trabalhos inscritos serão analisados
por uma banca curadora, composta por profissionais de cada área de abrangência
do evento. As propostas de apresentações deverão vir acompanhadas de ações
paralelas, indicadas pelos acadêmicos, como oficina, bate-papo, mesa-redonda,
com o intuito de promover a pesquisa e a valorização do fazer artístico.
A cada edição busca-se ampliar o evento
e dispor novas ações para ampliar o conhecimento acadêmico e a integração
de universitários de diferentes cursos e Instituições. Para 2010 esperam-se
inscrições de várias regiões do País.
O Amargo Santo da Purificação: uma obra didático-alegórica
“A Tribo de Atuadores Ói nóis aqui traveiz”, de Porto Alegre, se apresentou em Curitiba, na Praça Rui Barbosa e no Parque do Jardim Zoológico (se não chovesse) durante sua estada na cidade — dias 11, 12, 13 e 14 de março —. Cumprindo uma agenda bastante intensa de espetáculos, encontros, debates, oficinas e palestras oxigenando os ares teatrais da cidade e oxigenando a eles próprios, retomando fôlego para continuar a turnê dentro do projeto patrocinado pelo Programa BR de Cultura 2009/2010 da Petrobrás.
A Tribo dos Atuadores como o Grupo também se autodenomina é um dos coletivos teatrais brasileiros mais longevos com trinta anos de intensa prática teatral consolidando essa trajetória com o Centro de Experimentação e Pesquisa Cênica, Terreira da Tribo.
O espetáculo apresentado dessa vez foi o Amargo Santo da Purificação: uma visão alegórica e barroca da vida, paixão e morte do revolucionário Carlos Marighella. Baseado na vida deste ilustre brasileiro, o espetáculo é o que seu título promete. Sendo um espetáculo concebido para rua, sua marca expressiva, neste caso, é a alegoria, não há duvidas, para abordagem de tão contundente tema, aliado a um rico didatismo que por sua vez, demonstra uma excelente assimilação do legado brechtiano. O “barroco” do subtítulo pode ser emprestado a uma certa estética mais glauberiana do que propriamente barroca no sentido mais amplo que o estilo possa sugerir. Certamente, que o pedestre-espectador está diante de um espetáculo épico. A alegoria é explícita devido à necessidade de uma convenção que se faça eficaz e rápida diante da condição buliçosa que a própria rua como espaço teatral apresenta. A alegoria visual promove a adesão do espectador-pedestre que no seu percurso é pego de roldão pelo formato espacial do círculo mágico construído pela Tribo de Atuadores que desde aí conta sua história. O espetáculo é um excelente modelo de resultado de um trabalho teatral de criação coletiva tanto do ponto de vista da dramaturgia quanto do ponto de vista da encenação. O roteiro apresentado no programa especifica as escolhas narrativas, após um mergulho no universo de Marighella, oferecendo ao pedestre-espectador uma seqüência de 12 cenas intituladas: 1. As origens; 2. O nascimento: Vai Carlos, ser Marighella na vida!; 3. Apresentação: Quem é você Marighella? Um mulato baiano; 4. O Estado Novo, Ditadura de Getulio Vargas; 5. Redemocratização e Constituinte; 6. O Amor de Carlos e Clara; 7. O golpe de 64; 8. Resistência; 9. AI 5: os anos de chumbo; 10. A Luta Armada; 11. Perseguição e morte; 12. Legado: o gesto que fica. Esses “quadros”, quase independentes, ou esses momentos que ressaltam a trajetória de Marighella são apresentados em formato musical, seja por meio da musica instrumental, seja por meio, unicamente, do jogo dos atores com suas coreografias e movimentações cênicas. Cantando, clamando e dançando inspirados pelos poemas do próprio Marighella, a Tribo conta essa história cuja textura e cor são oriundas da cultura popular, do candomblé, da capoeira, matriz cultural com a qual se identificava o próprio revolucionário-poeta, enquanto homem, cidadão e político. Escolher, selecionar e apontar um sentido é sempre um trabalho operoso, e, é em certa medida abrir mão de outras partes, certamente, tão engenhosas quanto as que nos são mostradas na composição do todo da obra. Nesse sentido, a direção se vale do coeso trabalho do conjunto de atores que de forma orgânica e integrada com excelente percepção do timing das cenas vão desdobrando um quadro noutro quadro. A encenação, acertadamente, ao optar pela subtração dos vestígios de uma narrativa realista convencional, com personagens individualizados, e ao apostar no didatismo da alegoria oferece elementos para uma forte empatia entre atuadores e pedestres-espectadores.
"Ói Nóis Aqui Traveiz - 32 anos: O Teatro de Rua no Brasil"
“Conversa com os Grupos e Cias de Teatro de Curitiba”
Dia 11 de Março, Quinta Feira às 10h00min na sede da Ciasenhas de Teatro
Rua São Francisco, 35 - Centro
A palestra "Ói Nóis Aqui Traveiz - 32 anos: O Teatro de Rua no Brasil", ministrada por Paulo Flores e Tânia Farias, abordará o Teatro de Rua como forma de democratizar o espaço cênico e a experiência da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz inserida neste cenário. Vinculado a bases populares ou partindo de experiências mais contemporâneas, o Teatro de Rua no Brasil de hoje é uma das manifestações mais vivas e significativas da arte cênica nacional.
O AMARGO SANTO DA PURIFICAÇÃO: MESA REDONDA SOBRE CARLOS MARIGHELLA, POLÍTICA E REPRESSÃO
Dia 11 de Março, Quinta Feira às 18h00min no Teatro da Caixa
Entrada Franca mediante retirada de ingresso duas horas antes
(capacidade 120 pessoas)
Integrantes do Grupo Ói Nóis Aqui Traveiz de Porto Alegre, que apresentam o espetáculo O Amargo Santo da Purificação sobre a vida e trajetória política de Carlos Marighella (1911-1969).
Judite Barbosa Trindade é professora do Departamento de História da UFPR e ex-presa política.
Silvia Calciolari é jornalista, mestre pela UFPR em Sociologia das Organizações e autora do livro Ex-presos políticos e a Memória social da tortura no Paraná.
Narciso Pires é presidente do Tortura Nunca Mais – Pr, militante de direitos humanos e ex-preso político, roteirista do vídeo Ditadura nunca mais.
Mediação: Walter Lima Torres, professor de Estudos Teatrais da UFPR
Dia 13 de Março, Sábado às 17hs na FAP(Faculdade de Artes do Paraná)
Rua dos Funcionários, 1357 - Cabral
O workshop de Teatro de Rua (30 vagas) acontecerá de forma gratuita para atores e interessados a partir dos 16 anos. Em um encontro de quatro horas coordenado pelos profissionais do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz, abordará os princípios básicos do teatro político e popular com a perspectiva que a rua seja palco de um teatro que se assuma como constante repensar da sociedade.
Tem o objetivo de abrir espaço para sensibilização e experiência do fazer teatral, apostando no teatro como instrumento de indagação e conhecimento de si mesmo e do mundo, assim como veículo de formação, informação e transformação social.
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Samuel Beckett (1906-1989)
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Albert Camus (1913-1960), por Henry Cartier-Bresson em 1947
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Friedrich Durrenmatt (1921-1990)
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Jean Genet (1910-1986), fotografado por Brassaï em 1950
Clique na imagem e veja breve entrevista sobre Les Bonnes
V. Maiakovski
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Detalhe de Cortina
Rideau Rouge
CONVERSAS SOBRE A ENCENAÇÃO
Conferência pronuniciada por André Antoine em 1903 em Paris, sobre os princípios da moderna direção teatral no bojo do movimento Naturalista.http://www.7letras.com.br/
Henrik Ibsen (1828-1906)
Ibsen pintado por Munch, 1898.
Émile Zola (1840-1902)
Romancista, crítico dramático, autor teatra vinculado ao Naturalismo.
August Strindberg (1849-1912)
58 peças escritas e pouquíssimas traduzidas para o português.
Ralé de M. Górki. Encenação de Constantin Stanislavski, exemplo de "composição naturalista.
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